Órion

Órion é uma constelação proeminente no inverno e no início da primavera. A figura mitológica do guerreiro - ou caçador para alguns - é facilmente reconhecível com suas estrelas mais brilhantes traçando a forma do gigante. A constelação de Órion é muito útil para localizar outras estrelas. Ao estender a linha das Três Marias, as três estrelas que compõem o Cinturão, em direção sudeste, encontramos Sirius (Canis Major), a estrela mais brilhante do céu. À noroeste, Aldebaran, a estrela alfa da constelação de Touro, pode ser alcançada. Conectando Rigel, no pé esquerdo da figura, à Betelgeuse, no ombro direito, e estendendo esta linha, você chegará a Castor e Pólux.

As estrelas da constelação estão associadas a um guerreiro mitológico. Na mitologia grega, Órion era filho de Poseidon e Euryale, filha do rei Minos. Órion encontrou a morte quando sua presunção foi punida por Artemis. Ela enviou um escorpião para matá-lo. O escorpião saiu de uma fenda no chão e picou o desavisado guerreiro. Por esta razão, Órion e Escorpião estão em extremos opostos dos céus, quando um sobe, o outro desce. Assim, eles nunca mais se encontrarão.

A estrela alfa, Betelgeuse Betelgeuse é uma supergigante vermelha, a décima estrela mais brilhante do céu. Ela forma o ombro direito do guerreiro. É 1.000 vezes maior do que o Sol e está em seus estágios finais de vida: se tornará uma supernova em alguns milhares de anos, talvez antes. Localizada a pouco mais de 600 anos-luz da Terra, sua morte não trará destruição para os habitantes da Terra, apesar da emissão de raios X e raios gama associados à sua explosão final.

Rigel funciona como o pé esquerdo do gigante e é mais brilhante do que Betelgeuse, embora seja a estrela beta. É a sétima estrela mais brilhante do céu e a sua cor azul indica que é uma estrela jovem com elevada temperatura de superfície. Também é uma double star. Sua companheira é visível mesmo através de um pequeno telescópio. Por sua vez, sua companheira também faz parte de um sistema estelar binário, mas que não é visível com um telescópio. Está a 860 anos-luz de nós.

No asterismo das Três Marias, também conhecido como o Cinturão de Órion, encontramos Alnitak, Alnilam e Mintaka, respectivamente, de leste para oeste. A estrela central, Alnilam, uma palavra árabe que significa "Colar de pérolas", é excepcionalmente brilhante, uma das estrelas mais distantes que podem ser vistas a olho nu. Está a cerca de 1.900 anos-luz de distância (606 parsec para o satélite Hipparcos), o que significa que seu brilho intrínseco é mais de 500.000 vezes o do Sol.